Este
blog se destina a investigar o estado da arte da educação domiciliar no
universo acadêmico e seu percurso na mídia brasileira. Nasce da inquietação por
desvendar quais são os discursos comuns alegados por aqueles que são contrários
à sua instituição, as maiores dificuldades encontradas pelos pais que optam por
tal modalidade de ensino e as motivações das suas escolhas.
Aqui,
a educação domiciliar será tratada enquanto categoria analítica, uma vez que se
entende como uma modalidade de educação alternativa ao modelo convencional de
ensino institucional, compulsório.
A
educação domiciliar é permitida em diversos países do mundo. No Brasil, embora
ainda não tenha amparo jurídico, ela tem, mesmo que timidamente, ganhado corpo
prático e espaço teórico-acadêmico.
Educação
domiciliar não se limita a ensinar conteúdos em casa, realizar tarefas de cunho
pedagógico, mas a criar uma cultura de estudo e formação em tempo integral e
com qualidade. Tal ensino é feito dentro da rotina do lar, um lugar de
aconchego e serenidade necessários, capaz de assegurar aprendizagem com
sucesso.
Diversos
fatores podem ser pontuados ao se analisar a educação domiciliar, são eles:
liberdade e naturalidade na escolha do método e processo de ensino;
investimento e seletividade na escolha do material didático e recursos diversos
que as famílias podem disponibilizar; fluidez na organização do tempo de
estudo; foco e direcionamento nos conteúdos de maior relevância epistemológica;
maior liberdade e mais constância na realização das atividades
extracurriculares que dão vida e praticidade ao conteúdo formal e o
estímulo ao desenvolvimento da autonomia.
Educação
domiciliar faz aquilo que a escola formal necessita de projetos para executar,
ou seja, envolver ativamente a família na educação dos filhos. Pais que educam
em casa se sentem sujeitos partícipes e, antes do Estado, são os primeiros
responsáveis pela formação educacional dos seus filhos, por isso, fazem-na com
empenho e dedicação exclusiva. Educação domiciliar parte do princípio da
liberdade de ensinar com qualidade.
Logo,
os pais que utilizam e compreendem os lares como lugar mais adequado para
estudar, se propõem a realizar e prover com eficiência a educação dos seus
filhos, uma vez que também recai sobre si a responsabilidade por tal tarefa.
Por
Silvailde S. Rocha
Mestre em Políticas Educacionais (UNB)
Pedagoga
e Jornalista
Mãe
homeschooler da Súzan Flor (7 anos)
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