O que é Homeschool ou
Educação Domiciliar?
Não é nenhuma novidade,
inovação, reinvenção ou similar. Educação domiciliar existe há milênios, e é um
fenômeno que vem crescendo mundialmente. Parte do pressuposto que a educação é
objetiva.
Diferente do que pensa a
visão progressista de ensino, educação domiciliar não se trata de um ensino
elitista, ela acontece nas diversas classes sociais, se estende para além do
lar e converge para a multiplicidade a partir do individual.
No Homeschool, o lar é o
alicerce onde se implanta e sedimenta os pilares básicos da formação do homem
por meio de valores, entendidos como fundamentais no interior das famílias. Ela
acontece no seio do lar e pode se desenvolver mediante a participação dos pais
e, ou tutores.
Educação domiciliar é
uma cultura de educação em tempo integral, isto é, em todo o tempo, inter e
transdisciplinarmente. Educação domiciliar aproxima e torna a educação menos
vertical e mais linear, uma vez que toda a família passa a se envolver na
proposta. Portanto, uma simples pergunta ou dúvida torna-se um objeto de
pesquisa a qual requer que seja sanada, seja em colaboração, seja por meio da
intervenção dos pais. Homeschool é cultura de aprendizagem compartilhada.
No ensino domiciliar as
famílias têm liberdade para organizar o tempo de estudo. Nos primeiros anos
(aos 3 e 4 anos), o ideal é que os pais tenham tempo para realizar atividades
junto com os filhos, brincar, explorar, estimular o reconhecimento, apresentar
o ambiente para que a criança se entenda parte dele e com ele interaja. Com o
passar do tempo e o desenvolvimento da autonomia torna-se habitual para a
criança pegar espontaneamente um livro para ler, fazer atividades sem que lhe seja
imposto.
Muitos homens memoráveis foram educados em casa, alguns deles: Martinho Lutero (1483) expoente da Reforma Protestante; Michel de Montaigne (1533), Abrahan Lincoln (1809), era um autodidata; Ludwig Joseph Johann Wittgenstein (1889), filósofo austríaco de grande importância para a linguística, a lógica, a matemática e a filosofia; Pierre Curie (1859), físico co-descobridor da radioatividade e energia nuclear; George Washington ( 1732), primeiro presidente dos estados Unidos; Wolfgang Amadeus Mozart (1756) e muitos outros.
Embora não vivamos em
contexto semelhante ao daqueles homens, vale ressaltar que em nossos dias a
opção pela educação domiciliar vai além da preocupação com o desenvolvimento
intelectual dos filhos e a busca pela sapiência. Trata-se de uma questão de
bem-estar e otimização dos resultados nos estudos das crianças uma vez que
vivemos em um quadro de stress da vida moderna, trânsito e outros fatores que
impactam na qualidade de vida e do aprendizado, por consequência.
Por Silvailde S. Rocha
Mestre em Política e
Gestão da Educação (UNB)
Pedagoga e Jornalista
Mãe Homeschooler da
Súzan Flor (7 anos)
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